viva essa fantasia!
Sei que esse papo já deu no saco, inclusive no meu, mas devo fazer 4 comentários a respeito do pan:
1º - Falam muito sobre o tal do legado que esses jogos pan-americanos vão deixar para o rio de janeiro e blábláblá. Falam dos equipamentos trazidos pra cá, na tecnologia que vai auxiliar na segurança, falo, por exemplo, das câmeras e da central de monitoramento dos locais de competição. As estatísticas mostraram redução de ações criminosas nas delegacias que ficam nas regiões das provas, com relação ao mesmo período do ano passado. Tudo lindo, tudo maravilhoso, né? Pois é, todo mundo sabe que isso vai acabar depois do para - pan (competição idêntica ao pan, porém com deficientes físicos como competidores.) e que a dura realidade do estado vai voltar em breve. Por essas e por outras é que eu não me empolgo com esses jogos.
2º - Quem tá de parabéns mesmo nesses jogos não são nem os atletas, nem a organização e nem a segurança. É a bandidagem! Claro! Estão de parabéns mesmo! o pan vai passar e eles quase não deram as caras. O que fica evidente nessa história é que a falta de efetivo policiamento nas ruas aumenta os índices de criminalidade (o rly?).
3º - Falando agora sobre as competições em si, devemos nos atentar nessa briga pelo 2º lugar no quadro de medalhas dos jogos. O brasil disputou com cuba essa vaga. Mas peraí! Cuba? Aquele país miserável? Cuja delegação teve, pelo menos, 4 deserções ao longo das 2 semanas, por não dar ao seu povo e aos seus atletas, condições mínimas de vida digna? Vejam bem, disputamos com C-U-B-A. É, aquele país que apesar de ter lá suas belezas, sofre uma porrada de embargos econômicos, fazendo com que muitos cubanos que cheguem aqui (ou em qualquer outro país com condição de vida melhorzinha) simplesmente não voltem.
Em suma, essa disputa serviu pra mostrar o quanto estamos defasados com relação a outras nações, porque, na boa, brigar com cuba, medalha a medalha de ouro, pela 2º posição (já que a liderança foi dos USA por razões óbvias) neste pan, é caso de se estudar o "apoio" dado ao esporte no país.
4º - pegando um gancho no comentário anterior, ouvi hoje de manhã no rádio que o time feminino do brasil, medalhista de ouro no futebol, simplesmente jogou com os uniformes da copa de 2002. Por falta de patrocínio, as roupas utilizadas na copa do japão e da coréia foram reutilizadas pela seleção no pan. Assim como o ganhador da primeira medalha de ouro para o país, o lutador de taekwondo Diogo silva, a vitória das meninas serviu para que elas pusessem a boca no trombone e reclamassem mesmo da falta de tudo no país. Todas elas jogam no exterior, já que no brasil não há liga feminina. A artilheira do time, Marta, disse, inclusive, que se houvesse no país apoio ao esporte, ela não pensaria 2 vezes em voltar para cá.
Então é isso minha gente. É o pan! É festa! Se tem avião caindo matando 200 pessoas, se tem atleta que compete na base da raça, se a maquiagem que fizeram no rio funciona, não importa! É festa!
abraços
4 comentários:
Vim te dar um oi, ver como vc estava, vi o post do pan, nem consegui me concentrar. Não é vc, sou eu. Aliás, não sou eu, é o PAN, já deu no meu saco.
Beijos Muitos!
Soube ontem da história dos atletas de Cuba, loucura, vi coisa parecida em filme, só que no filme, os que tentaram fugir não eram atletas e sim palhaços de circo, será que dá na mesma?
Bjos
Ótimo post
Como ninguém
É a velha política do pão e circo. como é que se diz mesmo em latin?
PANis et circenses? tudo haver, não é?
Valeu!
Não ficou tudo na paz aqui no Rio não... Nas favelas, teve cerco policial TODOS OS DIAS do Pan, morador era tratado como bandido; as pessoas estavam até evitando sair de casa, porque a polícia tava batendo em qualquer um, no mínimo.
Postar um comentário